quinta-feira, 2 de julho de 2015

Memória - Pepsi 400 2001 - A grande vitória de Dale Earnhardt Jr

O Memória desta semana relembra a emocionante vitória de Dale Earnhardt Jr em Daytona. Junior vencia no local onde o seu pai morreu meses antes. Foi um dos grandes momentos da história do Daytona International Speedway.


Com a vitória a DEI "varria" Daytona (Foto:Reprodução/Internet)

Autor - @Helio_lima42


O Memória desta semana relembra a vitória de Dale Earnhardt Junior na Pepsi 400 de 2001 em Daytona, pista onde o seu pai, a lenda Dale Earnhardt Sr morreu meses antes. Earnhardt é até hoje o maior vencedor na pista, mas por essa peça chamada destino, havia vencido apenas na sua 20º tentativa a Daytona 500, em 1998.

Assim como a prova de próximo domingo (05), a Pepsi 400 daquele ano, marcava a estreia da NBC nas transmissões da principal divisão da Nascar.



Prova completa

O nosso herói, Earnhardt Junior largava na 13º posição. Naquele momento ele era o 11º colocado no campeonato, - 526 pontas atrás do líder do campeonato, Jeff Gordon. Na prova em que o seu pai morreu, Jr terminou em 2º lugar.

Na pole position saia o Dodge do piloto da Chip Ganassi, Sterling Marling, duas vezes vencedor da Daytona 500, e que tinha vencido em 1996 a prova de julho.
Ward Burton era o segundo colocado. Na segunda fila, duas surpresas. Stacy Compton, que já tinha conquistado uma pole no ano, ao lado da então promessa Casey Atwood. Os quatro primeiro competiam com equipamento da Dodge.

Jeff Gordon era o sexto, Kevin Harvick e Mark Martin dividiam a 5º fila. Matt Keseth 15º, Bill Elliott 18º, Dale Jarrett 19º Ricky Rudd 21º, Michael Waltrip 22º, os "amigos" Kimmy Spencer, vencedor da prova em 1994, era o 27º e o seu "grande amigo" Kurt Buesch o 28º. 

A 15º fila era dividida entre Terry "Texas"Labonte e Jeff Burton, então estrela da equipe de Jack Roush. O campeão de 2000, Bobby Labonte saia em 33º, Tony Stewart, "sensação" da época o 36º. 

No total cinco pilotos não se qualificaram para a prova - Ron Hornaday, Mike Bliss, Buckshot Jones, Mike Bliss e o integrante da "Gangue do Alabama", Hut Stricklin. Total de 48 inscritos.


A bolsa da prova, previa pagamento de 3,902,630 dólares. A corrida teria 160 voltas, percorrendo um total de 400 milhas, A janela de pits era de 50 até 55 voltas.
Até então o recorde em média em uma corrida era de 173.473 mph, conquistado por Bobby Allison em já distante 1980.

Fato curioso é que no grid, tínhamos 17 Fords contra 13 Chevys. Situação inusitada, olhando a situação atual do grid da Nascar. A Dodge tinha nove carros contra apenas quatro da saudosa Pontiac. Aquela altura Ford e Chevy estavam empatadas com sete vitórias cada. A Pontiac tinha ido ao victory lane quatro vezes. Já a Dodge, que havia voltado a Nascar naquele ano, ainda não sabia o queria vencer na principal categoria dos Estados Unidos.

Após a largada, Ward Burton tomou a ponta da prova, ajudado por Casey Atwood. Enquanto isso os principais pilotos começavam a escalar o pelotão.

Na terceira volta, Sterling Marlin tomava a liderança de volta. Assim como na Daytona 500 daquele ano, o pacote aerodinâmico proporcionada a possibilidade dos carros escalarem com mais facilidade o pelotão. Como resultado, se via vários três lado a lado.


Na volta 24, Sterling Marlin tem problema e despenca no pelotão. Com isso Michael Waltrip assume a liderança. Na volta seguinte, Kevin Harvick e Dale Jr deixam o então vencedor da Daytona 500 para trás. Ricky Rudd era o quarto colocado.


Na volta 26, Earnhardt passava Harvick e assumia a liderança para delírio dos presentes.
No total, Junior liderou 116 voltas. Durante toda a noitem, apenas Matt Kenseth chegou a fazer frente.

Faltando 17 voltas para o final, na volta 143, durante a última janela de pit stops, o então rookie Kurt Busch "abalroou" o pobre Mike Skinner na entrada dos pits. Skinner acabou rodando e indo para o meio da pista. Resultado - um belo big one, que ceifou a corrida de dez pilotos. Incluindo o pole Sterling Marlin, Terry Labonte, Mark Martin e John Andretti.
Devido ao fato de não ter parado, Junior relargou em sétimo lugar. Johnny Benson, Dave Blaney, Ken Schrader, Tony Stewart e Bobby Labonte pararam e passaram a frente do piloto da Dale Earnhardt Incorporated.

Na relargada Junior passou Bobby Labonte. Na sequência Jeff Gordon, envolvido no big one voltas antes, provocou mais uma bandeira amarela, em decorrência de um vazamento óleo.

Com a bandeira verde seis voltas para o final, Junior avançou, sempre trabalhando com Mike Wallace. Contando com a sanha dos seus adversários, que logo tentaram trabalhar outras linhas. Uma volta depois na reta oposta, Junior superava Johnny Benson Junior para assumir a ponta. Tony Stewart que parecia ser uma ameaça terminou punido com bandeira preta. Smoke foi bloqueado por Benson.

Faltando duas voltas para o final, Waltrip superou Labonte, e se postou em segundo. Dali para frente foi só esperar pela bandeira quadriculada em um dos momentos mais emocionantes da história da Nascar até então.

Junior proporcionando um dos grandes momentos da história de Daytona(Foto:Reprodução/Internet)

Na comemoração, todos os mecânicos da DEI e do seu pai, que agora era de Harvick. Incluindo Chocolate Myers, mecânico de Earnhardt Sr na RCR. Junior subiu no teto do carro e foi parabenizado por Waltrip. Com a vitória a DEI "varria" as duas provas em Daytona. Tony Eury Sr, chefe de mecânicos e tio de Junior tambem vivia o seu grande momento.

A Pepsi 400 foi a terceira vitória na carreira de Junior. O piloto bicampeão da Xfinity Series em 1998/99 conquistaria três vitórias naquela temporada - Dover e a segunda prova de Talladega.

Em terceiro lugar ficou a então "promessa" Elliott Sadler. Ward Burton e Bobby Labonte completaram o top 5.


Final da Prova


Sucessor do legado - Muito se pergunta por que Junior conta com a devoção da torcida americana. Essa prova em minha opinião foi um marco, pois o simbolismo de uma vitória no local aonde o pai morria meses antes, foi fundamental para formação desta massa da Junior Nation. Naquele momento do campeonato, era apenas o novo campeonato. Bom resultado para um piloto em sua segunda temporada.


(Foto:Reprodução/Internet)

Os anos se passaram e o filho do heptacampeão passou longe de ter chances de ser campeão da Sprint Cup. A ida para a Hendrick Motorsports no distante 2008 trouxe esperança, mas até hoje, a melhor colocação foi um terceiro lugar em 2003, quando ainda competia para a DEI. Em 2012 e 2014, Junior terminou em 5º lugar. As duas Daytona 500 carimbaram a carreira, que no total teve 24 vitórias até hoje.



Nenhum comentário:

Postar um comentário