quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

A história mais legal da Daytona 500 de 2015

O incidente que causou toda reclamação contra a classificação em grupos ( (Foto:Reprodução/Internet)


Autor: @helio_lima42

Não é só Joey Logano que tem motivos para não se esquecer das 500 milhas de Daytona desse ano. Outro piloto viveu momentos que vai levar para sempre. Reed Sorenson saiu do inferno ao céu em pouco tempo. Após ser o vilão do treino classificatório, o piloto classificou o carro da Team Xtreme para Daytona 500, usando o bólido reserva, feito que poucos acreditavam ser possível.

Na Daytona 500, chegou a andar no top 10. No fim do dia, o 29ºlugar, em uma prova onde ficou uma volta atrás foi um bom resultado para pequenas equipe. Foi a primeira 500 do time formado em 2012.

Carreira - Em 2005, Sorenson era um dos pilotos da geração de Carl Edwards, Kyle Busch e Denny Hamlin, mas não teve nem de perto o mesmo sucesso de seus contemporâneos. Mesmo com vitórias na Xfinity Series, a ineficiência de sua equipe na Sprint Cup custou resultados medianos. Com a chegada do colombiano Juan Pablo Montoya no final de 2006, todas as atenções foram voltadas ao ex-piloto da McLarem.


Com a crise financeira de 2008 e posteriormente a saída da Texaco, que até então patrocinava Montoya, Sorenson perdeu o seu patrocinador para o colombiano.

Nosso herói seguiu para a equipe de Richard Petty. O seu desempenho no #43 esteve longe de ser satisfatório, o que culminou na perda de sua vaga, agora para AJ Almendinger. Após sua saída, ainda obteve uma chance na Red Bull durante o ano de 2010, substituindo Brian Vickers - não fez nada que pudesse garantir vaga em outro time competitivo. Era o início da queda da Red Bull na Nascar, após fazer um "bonito" com Vickers em algumas oportunidades.

Vida nova na Xfinity - Sem espaço na Sprint Cup, Sorenson foi um dos que viu na nova regra implantada pela Nascar em 2011 - em que os pilotos só poderiam competir por pontos em apenas um campeonato, a chance de dar a voltar por cima. O Ex-Ganassi assinou um contrato com já competia pela Braun antes da equipe ser adquirida por Steve Turner.


Em uma campanha regular conseguiu fazer frente aos pilotos com equipamento superior dos times da Sprint Cup. Reed fazia uma temporada competente, mas perdeu o seu carro, pois a Dollar General resolver trazer Brian VIckers, faltando cinco provas para o final da temporada. Sua desvantagem para o líder era de apenas 49 pontos (pontuação antiga da Nascar).


Depois disso Sorenson vagou por vários times pequenos. No início de 2014, Reed foi chamado pela Tommy Baldwin Racing para correr na segunda operação da equipe substituindo JJ Yeley.


Pegando a sobra do equipamento de Michael Annett, Sorenson fez uma temporada digna, levando em conta o que tinha em mãos.


Reed e Golden Corral dentro da Daytona 500  (Foto:Reprodução/Internet)


Do inferno ao céu - No inicio de 2015 mesmo com a saída de Annett, foi preterido ao jovem prospecto Alex Bowman, ex-piloto de desenvolvimento da Toyota. A segunda operação não seria perada em tempo integral, mas Reed tinha cinco provas confirmadas no carro, mas uma semana antes das Speedweaks, foi anunciado que os pontos do carro foram vendidos a equipe de Jay Robinson, deixando o piloto da Geórgia ficou a pé. Na sequência veio o anúncio de um acordo com a Team Xtreme. O Chevy SS #44 recebeu apoio da Golden Corral, tradicional patrocinador da TBR.


Precisando garantir vaga nos Duels, o treino classificatório em grupos - novidade na Daytona 500 desse ano trazia a oportunidade de conquistar um bom tempo. Sorenson bloqueou Clint Bowyer na saída da curva dois. A ação provocou um forte acidente, envolvendo outros carros, Bowyer desceu do carro e foi tirar satisfação com Reed. A Team Xtreme não tinha um carro reserva e muitos duvidavam que a equipe sequer disputasse o Duel. Mas quando tudo parecia perdido o dono da equipe, John Cohen, resolver buscar um chassi em Charlotte, sede da equipe.


O chassi chegou na segunda-feira a noite. Os mecânicos viraram a madrugada preparando o novo bólido para os Duels. Durante a bateria, Sorenson necessitava de estar entre os 15 primeiros para garantir a vaga. Após um trem de prova fora da zona de classificação, o piloto entrou na zona de classificação na parte final da noite. Competindo em nono perto do final, se livrou do incidente entre Denny Hamlin e Danica Patrick, se classificando para a principal prova da temporada, superando sua antiga equipe, a TBR e o seu antigo carro, o #agora #62 da Premium Motorsports. Com a 7º posição no Duel 2, Reed se classificou para prova, largando em 14º - algo impensável 36 horas antes. Esse foi seu maior feito desde a vitória em Road America em 2011, válida pela Xfinity Series.


Em 2011 Reed brigava pelo título quando foi trocado por Brian Vickers (Foto:Reprodução/Internet)

Vida que segue - O contrato com a Xtreme era válido apenas para Daytona. Na próxima semana Reed vai tentar classificar o Toyota Camry #29 da RAB Racing. Já a Xtreme tem Travis Kvapil ao volante em Atlanta. Team Xtreme e Reed Sorenson vão tentar participar da prova de domingo da Sprint Cup, mas de qualquer forma, uma historia inesquecível já foi escrita. 

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